Quando falamos em construção (grande ou pequena, comercial ou residencial) a manutenção gera desconforto e até “medo” em muitos gestores, afinal, qual o escopo? Qual o procedimento? Qual a técnica?
Diante de eventual necessidade e movidos pela “economia” de preço, muitos recorrem aos reparos pontuais e à gambiarras, a qual alguns chamam de recursos técnicos (que de técnico não tem nada). Com isso, são adotados vários procedimentos sem base técnica, havendo uma injeção de investimento de dinheiro que acaba por frustrar o cliente, ao não ter o resultado esperado, uma vez que não foram avaliados os concertos técnicos, o comportamento dos materiais e a durabilidade de cada material aplicado… Além disso, ocorre a sensação de que, ao término de um serviço, nada vai durar ou que logo outra manutenção será necessária. Será que é preciso passar pela frustração para encontrar a solução que se enquadra à necessidade?
Nesse sentido, há nove anos atuando no mercado, é possível notar que o comportamento de procura por solução de engenharia está relacionado ao sentimento dos usuários que, na grande maioria das vezes, se preocupam com manutenção quando algo ou algum problema interfere no uso direto do seu imóvel, ou de determinado espaço que pode afetar sua rotina interna. Essa percepção de incômodo individual dá espaço a alguns conflitos dentro dos condomínios e entre moradores, já que o que incomoda um não necessariamente atrapalha de alguma forma o outro. Nesse caso, meus amigos, uma realidade batem à porta de todos: “não tem motivo de fazer isso agora já que não atrapalha o meu”, ou “façamos pontualmente, quando danificar outro ponto intervimos novamente”.
E assim, todos reclamam, gastam dinheiro, desgastam as relações pessoais e, acima de tudo, há a perda de parte da vida útil e de desempenho de seus imóveis, que a médio/longo prazo vai se prejudicando, sendo somada a uma série de decisões equivocadas e mal planejadas.
Mas será que há solução para esse mal?
Sim! Se fizermos uma analogia à saúde humana, a “vacina” ou a “terapia” para a pandemia das gambiarras que se alastra nas edificações é mais simples do que parece, sendo que uma boa parte está relacionada ao conhecimento e a outra à pesquisa de mercado. Dessa forma, não compensa selecionar o mais barato, ou se automedicar, por meio de arranjos improvisados, que podem, com frequência, agravar o problema. A balança precisa ser equalizada pelo método. Portanto, prezar pela técnica (boa técnica) assegura o seu imóvel, o seu bolso, e, sobretudo, a sua responsabilidade, garantindo soluções eficazes, sem gerar maiores transtornos ou danos aos imóveis vizinhos. Pense nisso.